Salvai-nos! Hosana! Vitória!

Paz e bênção. Salvai-nos! Hosana! Vitória!

Jesus entra em Jerusalém, esmolando amor e a colhimento. Entra pobre, montado num jumento: rei necessitado. Um Deus humilde que não se impõe, não faz medo e não se impõe. Diz Papa Francisco: ‘A um Deus humilde nós não nos acostumamos’.

Deus tem necessidade de mim, mas nada de mim roubará! Ele, ao contrário, liberta-me e me torna o melhor de mim. Abrirá em mim espaços para o voo e o sonho.

Bendito o que vem em nome do Senhor. Deus vem. Vem em cada casa e mão que oferecem pão e abraço.

A Semana Santa vem ao nosso encontro cheia de luz e de sinais. Como viver intensamente estes Sinais de luz e de amor? Importante, estar ao lado da santidade profunda das lágrimas, junto às infinitas cruzes do mundo onde Cristo é ainda crucificado. Somos convidados, como Jesus o fez em seu ir e vir, a sermos levantadores de pessoas. Mas é importante que eu pare, silencie e escute nosso Senhor que se entrega amorosamente, na dor da injustiça, carregado dos nossos pecados.

Jesus entra na morte para dali retirar cada filho e filha. Sobe na cruz para estar comigo, para estar como eu, para que eu possa estar com ele e para que eu possa estar como ele. Estar na cruz é o que Deus, no seu amor, deve à pessoa, que está na cruz. Pois, o amor conhece muitos deveres; mas o primeiro é o de estar com o amado, unir-se a ele, uni-lo a si, para depois transportá-lo para cima, para fora da morte.

Somente a cruz tira toda dúvida e toda falsa ideia de Deus. A cruz é o abismo onde o amor eterno penetra no tempo, como labaredas de fogo, e queima. Ali, na cruz, temos um homem pregado, nu e exposto ao vento e a todos. Na cruz podemos contemplar a inversão do mundo. Sim, sabemos que a vitória sempre foi do mais forte. Na cruz, contudo, vemos o supremo poder de Deus, que é aquele de dar a vida, dar a vida também àqueles que dão a morte; dá o poder de servir, e não de subjugar; de vencer a violência, tomando-a sobre si. Na cruz podemos contemplar que este mundo carrega um outro mundo em seu ventre. E o Crucificado tem a chave.

Vencendo, o mal perde. Perdendo, o bem vence.

Abençoado Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor. Abraço.