O rico e o pobre Lázaro

Não compartilhar o que somos e temos é triste e decepcionante. A parábola de hoje (Lc 16, 19-31) é alerta contra o egoísmo e a autorreferencialidade, o querer mesquinhamente acumular, e nunca repartir. Os bens ajuntados e não compartilhados não nos acompanharão para a eternidade.

O anônimo rico da parábola simboliza os que buscam só comida, bebida e vestuário: essa busca não dá sentido à vida de ninguém. Encher-se com bens materiais, sem se importar com as necessidades reais dos outros, é uma desgraça. Quem não ama ao irmão que vê, como poderá amar a Deus que não vê? A riqueza não partilhada estreita o próprio horizonte e impede ver a dignidade dos outros.

A iniquidade gera violência! Ensina Papa Francisco: “Hoje, em muitas partes, reclama-se maior segurança. Mas, enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos será impossível arrancar pela raiz a violência. Acusam-se da violência os pobres e as populações mais pobres, mas, sem igualdade de oportunidades, as várias formas de agressão e de guerra encontrarão terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, há de provocar a explosão” (EG 59).

Bom dia. Abraço.