A Pastoral da Comunicação Diocesana entrevistou Dom Wladimir por ocasião da celebração do primeiro ano do seu trabalho à frente da Diocese de Lorena. Ele contou sobre o seu chamado ao sacerdócio, sobre a nomeação do Papa Francisco e os desafios vividos neste tempo. Confira na íntegra:
PASCOM: Dom, como foi o seu chamado ao sacerdócio?
Dom Wladimir: Com relaçao ao meu chamado, é uma decisão que vamos amadurecendo ao longo da vida e da caminhada na Igreja. Sou de família católica, nasci em Cafelândia, interior de São Paulo. Meus pais e avós moravam próximos à igreja Nossa Senhora do Carmo, no centro. Minha mãe participava do Coral e desde pequeno fui levado à igreja por eles. Recordo-me que aos 4 anos já era do Movimento Marianinhos, fazia parte dos coroinhas e assim se deu essa inserção na comunidade. O processo vocacional de caminhada e de decisão que não é fácil, mas aos poucos fui descobrindo o que Deus esperava da minha vida, até o momento que me coloquei no processo formativo da Diocese de Jundiaí. Eu já trazia uma bagagem do trabalho na Pastoral Universitário e alguns movimentos, da catequese de adultos e aos poucos eu fui descobrindo como colocar Jesus como centro e meta da minha vida e assumindo as consequências desse seguimento. Afinal, a vocação é um dom de Deus e não mérito nosso. O Episcopado é uma grande responsabilidade, mas conto sempre com a graça de Deus. Agradeço todos os dias a Deus por me chamar e me escolher.
PASCOM: Qual foi o sentimento ao receber a nomeação do Papa Francisco para a nossa Diocese?
Dom Wladimir: Recebi com muita surpresa a minha transferência da Diocese de Colatina/ES para Lorena. Porque estava lá em pleno trabalho pastoral e de articulação havia pouco mais de 5 anos. Mas estando à serviço da Igreja acolhi generosamente o pedido do Papa Francisco e alegremente retornei ao estado de São Paulo, meu estado de origem, e principalmente para o Vale do Paraíba, um lugar santo onde a participação do povo católico é expressiva. A acolhida dos padres, diáconos, religiosos e de todo o povo de Deus é sempre muito próxima e fraterna, o que é uma caracteristica marcante do estado de São Paulo. Este povo é muito querido para todos nós!
PASCOM: Como o senhor avalia este primeiro ano à frente da nossa Diocese?
Dom Wladimir: Este primeiro ano foi um ano de escuta, de diálogo e de discernimento para conhecer a caminhada da Igreja Particular de Lorena e também para conhecer o clero e todo o povo de Deus. Um período onde pudemos tomar algumas decisões importantes, como a Coordenação de Pastoral, a formação dos seminaristas, o Economato e também nas visitas que realizei nas Paróquias. A Diocese de Lorena é viva e atuante, com um povo acolhedor e fraterno, e apesar deste período de Pandemia, pude ver que são pessoas que querem evangelizar, que querem assumir as Pastorais, com cautela e responsabilidade, com saúde, mas sem se esquecer da Evangelização. O povo de Deus tem sede da Sua Palavra e abraça com alegria os desafios que esse tempo tem exigido de nós. Apesar da Pandemia, juntos temos conseguido construir e “plantar árvores” onde vamos começar, já em 2022, colher bons frutos. Frutos de diálogo, de serviço, de testemunho e, principalmente, de amor a Deus. Nós sabemos que quem conduz é o Senhor. Somos instrumentos e estamos à serviço. Precisamos estar sempre atentos ao que o Espírio fala à sua Igreja, sobretudo agora neste período do Sínodo convocado pelo Papa Francisco. Nós também estamos nesse processo de escuta aqui na Diocese. Que Deus nos ajude a ouvir cada vez mais a voz do Senhor que nos chama e nos envia à evangelização. Que Deus nos ajude a produzir os frutos que Ele espera de nós nesta Igreja Particular de Lorena.
Fonte: Pascom Diocesana