Atualmente muito se tem falado da Exortação Apostólica do Papa Francisco. Sem dúvidas essa exortação impactou o mundo, por sua linguagem simples, realista, angustiante e provocante. Quem lê as palavras nela presentes tem a sensação de escutar o próprio Francisco falando aos ouvidos, e, por que não dizer, escutar o próprio Espírito clamando nos corações daqueles que se deixam contagiar por palavras de alguém que antes as expressa com a própria vida.
“A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”: assim começa esse importante documento de nossa Igreja, que deve ser antes de mais nada rezado, meditado e experimentado na vida. As palavras iniciais colocadas pelo pontífice apresentam de maneira clara a essência do ser cristão, que é nada mais que contagiar o mundo com a Alegria que não é condicionada por nada desse mundo, mas que tem antes sua origem n’Aquele que é fonte de toda Alegria, e que de nada depende. Alegria essa fundada na verdade capaz de superar as mais angustiantes crises com as quais o homem vem se deparando no cenário atual.
Um dos elementos que o documento chama atenção, talvez o essencial a ser resgatado em tal cenário, no qual estamos imersos, é a necessidade de uma Igreja que está sempre em saída, que vai ao encontro daqueles que estão à margem e lhes anuncia a Boa Nova, não somente com os textos, mas com o contato, o testemunho autentico daquele que, impulsionado pelo Espírito, recebe do mesmo a Coragem tão necessária para o anuncio àqueles que tanto necessitam. Esse é o papel do cristão, firmado na esperança, na coragem e na Verdade: mostrar que a Alegria do Evangelho também consiste na certeza de ser amado.
Por isso a necessidade de se estudar esses escritos apresentados hoje pelo Sumo Pontífice, mas não apenas um estudo superficial, mas teórico, sistemático, teológico e filosófico, para que com bases sólidas possamos discutir com esse mundo que se torna a cada instante mais complexo e assim resgatarmos aquilo que de fato é essencial, o Amor, a Caridade, a Justiça e, desse modo, a dignidade intrínseca em cada ser humano. Cumprindo a ordem expressa no Novo Testamento – a de promover a Caridade, a Unidade e o anúncio missionário.
Assim como Maria que, ao fazer a experiência com a Boa Nova, foi impulsionada a ir ao encontro de sua prima, possamos nós instaurarmos a cultura do encontro tão falada pelo nosso pastor e desejada pelo Pastor Eterno, o Cristo Jesus.