Paz e bênção. Feliz e abençoado dia dos pais! Parabéns!
Buscar Deus: “Senhor, salva-nos!” Jesus diz aos pais: “Tende confiança. Sou Eu. Não temais”. Os pais rezam: Senhor, dá-nos o teu Espírito de confiança, para nos conduzir contigo pelos caminhos da vida, e conduzir nossos filhos e família.
O encontro com Deus se manifesta no silêncio, na intimidade, na simplicidade, na humildade, na interioridade do coração do homem leva à ação: o encontro com Deus conduz sempre o homem a um empenho concreto e a um compromisso com o mundo.
O texto que nos é proposto (Mt 14, 22-33) convida todos aqueles que estão interessados em Deus, a descobri-lo no silêncio, na simplicidade, na intimidade… É preciso calar o ruído excessivo, moderar a atividade desenfreada, encontrar tempo e disponibilidade para consultar o coração, para interrogar a Palavra de Deus, para perceber a sua presença e as suas indicações nos sinais que Ele deixa na nossa história e na vida do mundo. Tenho consciência de que preciso encontrar tempo para “buscar Deus”? De acordo com a minha experiência de procura, onde é que eu O encontro mais facilmente: na agitação e nos gestos espetaculares, ou no silêncio, na humildade e na simplicidade?
O Evangelho deste domingo é, antes de mais, uma catequese sobre a caminhada histórica da comunidade de Jesus, enviada à “outra margem”, a convidar todos os homens para o banquete do Reino e a oferecer-lhes o alimento com que Deus mata a fome de vida e de felicidade dos seus filhos.
– Estamos dispostos a embarcar na aventura de propor a todos os homens o banquete do Reino?
– Temos consciência de que nos foi confiada a missão de saciar a fome do mundo?
– Aqueles que são deixados à margem dessa mesa onde se jogam os interesses e os destinos do mundo, que têm fome e sede de vida, de amor, de esperança, encontram em nós uma proposta credível e coerente que aponta no sentido de uma realidade de plenitude, de realização, de vida plena?
Para que seja possível viver de forma coerente e corajosa na dinâmica do Reino, os discípulos têm de estar conscientes da presença de Jesus, o Senhor da vida e da história, que as forças do mal nunca conseguirão vencer nem domesticar. Ele diz aos discípulos, tantas vezes desanimados e assustados face às dificuldades e às perseguições: “tende confiança. Sou Eu. Não temais”. Os discípulos sabem, assim, que não há qualquer razão para se deixarem afundar no desespero e na desilusão. Mesmo quando a sua fé vacila, eles sabem que a mão de Jesus está lá, estendida, para que eles não sejam submergidos pelas forças do egoísmo, da injustiça, da morte. Nada nem ninguém poderá roubar a vida àqueles que lutam para instaurar o Reino. Jesus, vivo e ressuscitado, não deixa nunca que sejamos vencidos (Dehon).
Bom Domingo. Abraço.
Dom João Inácio Müller, ofm
Bispo diocesano de Lorena SP