Paz e bênção. São Lucas, Padroeiro dos Médicos, rogai por nós! Lc 10, 1-9.
Fonte de missão é sempre o Pai, cheio de misericórdia por todos os seus filhos e filhas. Primeiro enviado é o Filho, depois dele, são enviados aqueles que o reconheceram como irmão. Lucas fala de duas missões: a dos Doze e a dos Setenta e dois. A dos Doze a Israel; a dos Setenta e dois a todos os povos. Há uma missão perto de nós, sempre necessária, e há uma missão às periferias geográficas e existenciais.
A missão brota do amor do Pai por todos os seus filhos e desemboca no amor dos filhos pelo Pai e entre si. Nasce da única fonte do Pai, derrama-se sobre Israel, amplia-se na Samaria, até abraçar os extremos confins da terra. É como os braços do Pai que se abrem até envolver num único abraço todos os filhos sem perder nenhum, pois, se os filhos podem perder tudo, ele não tem filhos para perder.
Interessante: o missionário é enviado e deve viver, na missão, as mesmas condições de Jesus. É convidado a escolher a pobreza, a ignorância e a loucura da cruz, para tornar-se semelhante ao Senhor que se ama. Este assemelhar-se já é missão. É aquela lâmpada acesa que ilumina. É aquele ‘estar com ele’ que se faz transparência diante dos irmãos. É aquele associar-se à sua cruz que salva o mundo. A missão, na verdade, é tanto mais missão aos outros quanto mais for identificação com o Senhor em nós!
Parabéns aos senhores médicos e às senhoras médicas. O Médico deve ser perito do corpo e da alma da pessoa. Rezemos por nossos médicos.
Bom dia. Abraço.
Dom João Inácio Müller, ofm
Bispo diocesano de Lorena SP