Paz e bênção. A traição destrói por dentro.
Jesus, não obstante as traições que padeceu, permaneceu fiel ao sonho do Reino. Após três anos de convivência, nenhum dos discípulos ficou para tomar a defesa de Jesus – Mt 26,14-25. Judas traiu, Pedro negou, todos fugiram. A traição, normalmente, vem acompanhada de forte sentimento de culpa. E, ao sentir a culpa pela traição, a pessoa entra em conflito emocional; algumas caem até no desespero. A traição abaixa, traz tristeza e depressão. A traição desmonta a esperança no outro ser humano e leva à descrença na existência do amor (Retiro quaresmal).
Ensina nosso Papa Francisco:
“Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados. Compreendo as pessoas que se vergam à tristeza por causa das graves dificuldades que têm de suportar, mas aos poucos é preciso permitir que a alegria da fé comece a despertar, como uma secreta mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias: ‘A paz foi desterrada da minha alma, já nem sei o que é a felicidade (…). Isto, porém, guardo no meu coração; por isso, mantenho a esperança. É que a misericórdia do Senhor não acaba, não se esgota a sua compaixão. Cada manhã ela se renova; é grande a tua fidelidade. (…) Bom é esperar em silêncio a salvação do Senhor’ (Lm 3, 17.21-23.26)” (EG 6).
Bom dia. Abraço.