Foi publicada neste 24 de outubro a quarta Encíclica do Papa Francisco. Por meio do documento intitulado “Dilexit nos” (Amou-nos), o Pontífice pede para recuperarmos aquilo que é mais importante e necessário: o coração.
“Carta encíclica sobre o amor humano e divino do Coração de Jesus Cristo” é o subtítulo do documento, inteiramente dedicado ao culto do Sagrado Coração de Jesus. O texto reúne reflexões de textos magisteriais anteriores e uma longa história que remonta às Sagradas Escrituras, para repropor hoje, a toda a Igreja, este culto repleto de beleza espiritual “a um mundo que parece ter perdido o coração”, como o próprio Papa anunciou em 5 de junho passado.
A encíclica foi publicada durante as celebrações — de 27 de dezembro de 2023 a 27 de junho de 2025 — do 350º aniversário da primeira manifestação do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque, em 1673. Jesus apareceu à jovem freira visitandina francesa para confiar-lhe a missão decisiva de difundir no mundo o amor de Jesus pelos homens, às portas do Iluminismo. Cristo pediu à irmã Margarida que a sexta-feira após a festa de Corpus Christi fosse dedicada à Festa do Sagrado Coração de Jesus.
Em 1856, Pio IX decidiu que esta festa fosse estendida a toda a Igreja. No século XIX, a devoção se espalhou rapidamente com consagrações e surgimento de congregações masculinas e femininas.
O Papa Francisco sempre demonstrou um profundo vínculo com o Sagrado Coração, relacionando-o à própria missão dos sacerdotes, pedindo que orientem o seu coração, como o Bom Pastor, em direção à ovelha perdida, deslocando o epicentro do coração para fora de si mesmos.
Dilexit nos, portanto, é a quarta encíclica de Francisco após Lumen fidei (29 de junho de 2013), escrita “a quatro mãos” com Bento XVI; Laudato si’ (24 de maio de 2015), sobre a crise ambiental e a necessidade de cuidar da Criação; e Fratelli tutti (3 de outubro de 2020), que sintetiza os apelos e mensagens do Papa sobre a urgência da fraternidade e da amizade social .
Texto e arte: Vatican News