A palavra páscoa deriva do hebraico que quer dizer passagem. Durante muitos séculos celebrada, como o dia em que o Senhor passou pelo Egito para libertar o seu povo, fazendo assim sua passagem de escravidão para povo livre.
Com Cristo, a páscoa recebe um novo significado, onde na última ceia, o mesmo celebra a páscoa judaica, com seus apóstolos instituindo a Eucaristia. Na cruz, Se imola como cordeiro sem mancha, pelos pecados que a humanidade sozinha, não poderia pagar. E na sua ressurreição, finalmente, vence a morte abrindo o céu à humanidade.
Como São Paulo, escreve aos romanos, leitura que nos é recordada na missa da Vigília Pascal, “Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova.” (Rm 6,4) Somos convidados a viver uma vida Nova em Cristo. É este o novo sentido dado a nós por Cristo. Contudo, como podemos nós vivermos uma nova vida em Cristo?
Uma pista para levarmos uma vida nova, como exorta São Paulo é nos abrirmos à alegria da ressurreição. Como o Papa Francisco disse na homilia do dia 24 na casa Santa Marta, não podemos ter medo da alegria. É necessário celebrarmos o mistério de sua morte na sexta, porém ressuscitarmos com o mesmo em sua Páscoa. Não devemos ter medo da proximidade com Cristo, pois ele caminha conosco e a certeza disso pode ser encontrada em Mateus 28, 20 “Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”.
Outra pista, também se encontra no versículo citado anteriormente. O discípulo, que tem sua vida renovada pela ressurreição de Cristo espalha a boa nova aos demais, ensinando-os a observar tudo o que Jesus nos ensinou. Todos que experimentaram a novidade da ressurreição, voltam à comunidade para espalhar a Palavra entre os demais, como as mulheres e os discípulos de Emaús. E o grande diferencial está na alegria, com que transmitem a notícia. Essa alegria do Evangelho, devemos levar as nossas comunidades e também a nossa família, e de modo particular em nossa vida.
Por fim, a vida nova em Cristo nos possibilita caminhar em meios as dificuldades, sabendo que nossos sofrimentos aqui são passageiros, e após a dor vem a alegria. Nesta dinâmica de morte para o pecado e ressurreição para uma nova vida, devemos seguir promovendo a união e a fraternidade, espalhando com alegria os feitos do Senhor e assim nos aproximando cada vez mais a semelhança de Deus.
Tiago A. Rafael
Catequista da Paróquia Senhor Bom Jesus, Cruzeiro – SP