Vaticano, 11 de jul de 2-17:
Está a decorrer desde o dia 9, no Panamá, a Assembleia plenário do Parlamento Latino-Americano, mais conhecido por Parlatino, e que este ano se debruça sobre o tema das migrações nos países da América Latina e das Caraíbas. “Realidades e compromissos por um Pacto Mundial”.
Perante o crescente fluxo de migrantes naquela região do mundo, o Parlatino propõe-se encontrar medidas políticas e leis para garantir a segurança a essas pessoas e melhorar as suas vidas.
O Papa Francisco dirigiu-lhes uma mensagem em que começa por felicitar-se com o Parlatino pela escolha do tema e pela iniciativa que tenta ajudar e dar uma vida mais digna aos migrantes. Francisco põe em realce três aspectos importantes a ter presente na reflexão: realidade, diálogo, compromisso.
É importante conhecer a “realidade”, o contexto em que se realizam as migrações no Continente da América Latina e Caribe. Não se deve apenas analisar a situação, mas entrar em contacto directo com os migrantes, que são seres humanos com sua história própria, cultura e ideais. A pessoa deve estar ao centro de qualquer projecto ou decisão.
Este trabalho de contacto directo com os migrantes pressupõe um indispensável “diálogo”. É preciso passar da “cultura do descarte” à “cultura do encontro e do acolhimento”. É necessária uma colaboração conjunta para elaborar estratégias eficientes e equitativas em prol dos refugiados e dos que sofrem em regiões vulneráveis; O diálogo é importante para fomentar a solidariedade.
Mas, para dar uma resposta às necessidades dos emigrantes, explica o Papa, é preciso um “compromisso”, uma solução para esta problemática no Continente. Por isso, é preciso estabelecer projectos, a médio e longo prazo, prioridades na região para a integração do emigrantes, sobretudo das crianças e suas famílias. Os seres humanos não são objectos ou mercadorias.
Por fim, o Santo Padre chama a atenção dos Governos para que assumam as suas responsabilidades e o sério compromisso a fim de responder ao grito dos emigrantes; apela também à Igreja Católica, para que renove o seu compromisso de sarar esta ferida de tantos irmãos e irmãs.
Fonte: Radio Vaticano