Paz e bênção. Falsos profetas chamam atenção para si, fazem mais com a boca do que com as mãos. São perigosos!
Jesus nos alerta sobre a existência de falsos profetas – Mt 7, 15-20. Existem. Também entre nós. E podemos ser até nós mesmos. Por isso, este ‘cuidado’ de Jesus é para cada um de nós: precisamos rever nossa vida, nossas falas e nossas condutas.
Repito: o falso profeta pensa na sua vantagem pessoal, no seu bem-estar e no seu enriquecimento. O falso profeta é como um lobo no rebanho, interessando apenas em alimentar o seu ego. Os seus frutos são evidentes: corrupção, maus costumes, desordens, discórdias, opressão (não gosta de trabalhar com os leigos, em particular na gestão econômica!), culto da pessoa, superstição e até idolatria (gosta que as pessoas o toquem, e para isso serve-se até do Santíssimo Sacramento).
Os verdadeiros profetas, pelo contrário, colocam-se contra a corrente, anunciando verdades incômodas, são perseguidos e mortos pela sua fidelidade à Palavra (exemplo: Papa Francisco). Sempre é importante olhar os frutos.
É muito atual: os meios de comunicação social, que manipulam as mentes e os comportamentos dos seus utentes, conseguem obter consensos e sequazes, modelando a sociedade, mas sem formar pensar crítico; não libertam. Escravizam! Mais fácil é seguir os falso profetas, os magos, os adivinhos e os corruptores dos costumes, os quais, servindo-se das pulsões mais baixas da pessoa, satisfazem-lhes as necessidades superficiais, estimulam-lhes as ambições, as falsas seguranças, e não as ajudam a crescer. A vida cristã não se constrói sobre as seguranças humanas; pelo contrário, comporta aceitar o risco, a aventura, a aposta na única Palavra eficaz e vencedora.
Bom dia. Abraço.
Dom João Inácio Müller, ofm
Bispo de Lorena SP