Ao longo de novembro, avançamos para o final do Ano Litúrgico, um tempo especial que nos recorda que nossa vida tem um futuro e que um Reino nos espera! Esse mês é profundamente rico liturgicamente, um convite a renovar a esperança em Cristo e na promessa de que “o amor é mais forte do que a morte”, como nos lembra o Papa Francisco.
Começamos no dia 2, com o Dia de Finados, um momento especial para lembrar e rezar por todos os fiéis defuntos, por aqueles que contribuíram para nossa vida e dignidade. Rezar pelos falecidos é unir-nos a eles e ao Deus que é a nossa razão de fé e de esperança, reconhecendo que eles fazem parte de nossa comunhão com o Céu. É um chamado a olhar para dentro de nós e nos abrir à humildade, à fraternidade e à transformação. A Igreja, ao celebrar o mistério pascal, renova a certeza de que, pelo Batismo, somos unidos a Cristo crucificado e ressuscitado, passando com Ele para a vida eterna.
Já no dia 3, no primeiro domingo do mês, celebramos a Solenidade de Todos os Santos, um dia para nos inspirarmos na busca pela santidade, não apenas em ícones distantes, mas nos santos que convivem conosco, em cada pessoa que se dedica ao bem, ao cuidado e ao amor ao próximo. “A Igreja é santa: Cristo amou-a como sua esposa e deu-se a si mesmo por ela a fim de santificá-la; por isso, todos na Igreja são chamados à santidade” (Lumen Gentium 39).
No dia 17, no 33º Domingo do Tempo Comum, acolhemos com o coração aberto o VIII Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco. Essa data nos sensibiliza e mobiliza a olhar com compaixão para os que mais precisam, promovendo gestos de solidariedade e reflexão sobre a pobreza, lembrando que, ao servir os pobres, servimos o próprio Cristo.
E, encerrando o mês, no dia 24, celebramos a Solenidade de Cristo Rei, reafirmando nossa fé e a certeza de nossa pertença ao Reino de Deus. Em comunhão com Jesus Cristo, nosso Rei, somos chamados a construir um mundo onde não haja lágrimas nem injustiças, mas sim fraternidade e amor incondicional, um Reino onde todos somos reconhecidos como imagem e semelhança de Deus.
Que Nossa Senhora da Piedade, nossa amada Padroeira, nos cubra com sua bênção e ternura, fortalecendo-nos na missão de sermos discípulos missionários de seu Filho, Jesus. Que possamos, um dia, encontrar-nos em Sua glória, ao fim de nossa caminhada terrena.
Com fé e esperança, seguimos para o Reino que já começa aqui e agora!
 |
Dom Joaquim Wladimir Lopes DiasBispo da Diocese de Lorena/SP |
