“Margarida de Prata” incentiva reflexão sobre o cinema, a cultura e os valores humanos

A CNBB instituiu, em 1967, seu primeiro Prêmio de Comunicação, o “Margarida de Prata”, dedicado ao cinema. Essa iniciativa representou um importante apoio à produção cultural livre do país, sobretudo, na época em que o país passava por um período de repressão militar. Ao longo dos 51 anos de premiação das produções, o “Margarida de Prata” tem revelado novos nomes e confirmado diretores e produtores consagrados do cenário cinematográfico do Brasil.

Prêmio “Margarida de Prata”, dedicado ao cinema

“A primeira cerimônia de premiação aconteceu no prédio da mitra arquidiocesana do Rio de Janeiro, onde funcionava a CNBB, em 1967, reunindo pessoas engajadas em movimentos que buscavam transformação”, sublinhou.
A escolha criteriosa dos filmes, atualmente feita por uma equipe constituída por professores de Cinema da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) deram ao prêmio repercussão nacional e marcaram uma posição de prestígio da Igreja no campo do cinema. Hoje, o Prêmio busca ser um instrumento incentivador da reflexão sobre o cinema, a cultura e os valores humanos, éticos e espirituais da sociedade.

Consciência crítica – Atualmente, o prêmio “Margarida de Prata” visa ampliar a consciência crítica dos espectadores a fim de que sejam capazes de valorizar, nos filmes, a discussão sobre a realidade do país e o imaginário do povo. Além disso, ele também deseja contribuir com a comunicação, enquanto utilização do cinema como instrumento incentivador da reflexão sobre a cultura e os valores espirituais da sociedade.

Quem desejar participar da seleção ainda pode conferir o edital e realizar a inscrição no site dos Prêmios até o dia 31 de janeiro. Na última edição, realizada no ano passado, a atriz Fernando Montenegro foi homenageada pela Conferência com menção honrosa por sua participação em “Catedral do Brasil” e no filme “Eles não usam Black-tie” de Leon Hirszman. Já os ganhadores foram o Belisário Franca e a Joana Mariani, diretora e roteirista do filme Marias, que retrata a devoção mariana na América Latina.

Critérios

Os interessados em concorrer ao prêmio deverão escolher e cadastrar suas produções em dois tipos de categorias. O longa-metragem deverá ser de ficção ou documental e deverá ter duração mínima de 70 minutos. Já o curta-metragem poderá ser de natureza documental ou ficcional em formato digital ou película, com duração de cinco a dezenove minutos.