Jubileu 2025: Peregrinos da Esperança

O Papa Francisco nos convida a enxergar a esperança do Jubileu como algo profundo e concreto, com um nome claro: Jesus Cristo. Essa esperança não é uma ideia vaga, etérea, mas o próprio Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). É essa esperança encarnada, viva, que anunciamos como fiéis batizados e como comunidade de fé – seja nas nossas paróquias, dioceses ou em toda a Igreja do Brasil.

Em tempos de regresso ao sagrado, o desafio é oferecer uma resposta autêntica à sede espiritual que o mundo vive. Não podemos permitir que busquem apagar essa sede com propostas vazias ou com uma visão distante de Cristo. O nosso compromisso é apresentar Jesus em sua humanidade, feito carne, história, toque, olhar e amor. Como diz o Papa Francisco, devemos sempre nos lembrar da “carne” de Jesus: suas paixões, sentimentos, curas, gestos de coragem e hospitalidade, e, acima de tudo, o seu amor sem limites.

O Papa também nos recorda que, após a pandemia da COVID-19, é fundamental manter viva a chama da esperança. Devemos reacender a força que nos permite olhar para o futuro com confiança e coração aberto. O Jubileu de 2025, com o tema “Peregrinos da Esperança”, será um tempo propício para renovar a fé e a fraternidade, buscando a justiça e dignidade de cada pessoa, especialmente diante do crescimento da pobreza e da desigualdade.

Além disso, esse Jubileu deve nos lembrar do cuidado com a criação, nossa casa comum, e de uma espiritualidade que promova a harmonia entre os povos e a justiça. Que o testemunho da nossa fé seja um fermento de verdadeira esperança no mundo, um sinal de que, em Deus, encontramos novos céus e nova terra (2Pd 3,13).

Que possamos viver o Jubileu com o espírito de peregrinos, sempre atentos ao chamado de Cristo e à urgência de sermos instrumentos de paz e esperança em um mundo tão carente de ambas.

Em Cristo, nosso Senhor,
Peregrinos da Esperança 2025

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias

Bispo da Diocese de Lorena/SP