Paz e bênção. Jesus Ressuscitou, Aleluia!
A vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens. No texto de Paulo, está bem presente a ideia de que temos que viver com os pés na terra, mas com a mente e o coração no céu: é lá que estão os bens eternos e a nossa meta definitiva (“afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra”).
Da cruz nasceu a vida plena, a vida verdadeira. A ressurreição de Jesus prova precisamente que a vida plena, a vida total, a libertação plena, a transfiguração total da nossa realidade e das nossas capacidades passam pelo amor que se dá, com radicalidade, até às últimas consequências. Tenho consciência disso? É nessa direção que conduzo a caminhada da minha vida?
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo Batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última fronteira da nossa finitude. A ressurreição de Jesus não é apresentada como um facto isolado, mas como o culminar de uma vida vivida de um determinado jeito.
A ressurreição de Jesus é a consequência de uma vida gasta a “fazer o bem e a libertar os oprimidos”. Isso significa que, sempre que alguém – na linha de Jesus – se esforça por vencer o egoísmo, a mentira, a injustiça e por fazer triunfar o amor, está a ressuscitar; significa que sempre que alguém – na linha de Jesus – se dá aos outros e manifesta em gestos concretos a sua entrega aos irmãos, está a ressuscitar. Eu estou a ressuscitar, porque caminho pelo mundo fazendo o bem, ou a minha vida é uma submissão ao egoísmo, ao orgulho, ao comodismo?
Abençoado Domingo da Ressurreição. Abraço