Paz e bênçãos. Jesus ensina o seu mandamento.
‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’. E Ele nos amou ao ponto de dar sua vida para que tivéssemos a vida de Deus em nós e nos tornássemos capazes de amar. É nossa vocação neste mundo: crescer no assemelhamento com Deus, até sermos misericordiosos como o Pai, ou perfeitos como o Pai – Jo 15, 12-17. Praticar o seu mandamento é glória ao Pai, é produzir fruto. Viver o mandamento de Jesus é passar da independência à comunhão, da servidão à amizade, da morte para a vida. Vamos, pois, celebrá-lo.
Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. O amor que Jesus mostrou para conosco sobre a cruz é a fonte do nosso amor para com os outros: alguém pode amar ‘se e como’ é amado. Como Jesus permaneceu no amor do Pai amando os irmãos, assim, nós permanecemos no seu amor de Filho fazendo o mesmo. O mandamento de amar a Deus (Dt 6,5) se torna mandamento de amar a pessoa. De fato, amor por Deus amor pela pessoa são uma única realidade, como o amor do Filho para com o Pai e para conosco é o mesmo amor do Pai para com o Filho e para conosco. O amor é um só: é Deus. E coloca todos em comunhão.
Fala-se do amor de ‘uns aos outros’. O amor, de fato, é alegria só na reciprocidade. Essa, desde sempre, existe em Deus; nós somos chamados a tê-la entre nós, tornando presente Deus na terra.
Ninguém tem um amor maior do que este: do que alguém que doa a própria vida. O ápice do amor está no colocar a própria vida em favor do amado (cf. 10,14-18). Jesus mostrou este amor lavando os pés a Pedro e dando o seu bocado a Judas (cf. 13,1ss).
Por seus amigos. Jesus nos considera amigos. Também quando éramos seus inimigos, traidores como Judas ou negadores como Pedro, nos mostrou o seu amor, gratuito e indubitável (cf. Rm 5,6-11). Justamente assim, de inimigos que éramos, podemos nos tornar seus amigos. A amizade coloca num plano de paridade: respondendo ao amor com o amor, tornamo-nos como Deus.
Bom dia. Abraço.