Honrar pai e mãe.

O resumo da catequese da Audiência Geral desta quarta-feira.

Deus manda-nos «honrar pai e mãe», para sermos felizes. Tal deve ser o ambiente da nossa infância: são e equilibrado, que condiciona o êxito feliz da vida inteira. Entretanto o quarto mandamento de Deus não fala da bondade dos pais, não requer que o pai e a mãe sejam perfeitos; mas da atitude dos filhos, independentemente dos méritos dos pais e diz uma coisa extraordinária e libertadora: embora nem todos os pais sejam bons e nem todas as infâncias sejam serenas, todos os filhos podem ser felizes, porque alcançar uma vida plena e feliz depende do reconhecimento devido a quem nos colocou no mundo.

Saber isto pode ajudar tantos jovens que provêm de histórias de abandono e violência e quantos sofreram na sua meninice e adolescência. Muitos santos e muitíssimos cristãos, depois duma infância atribulada, viveram uma vida luminosa, porque, graças a Jesus Cristo, se reconciliaram com a vida.

Pensemos, por exemplo, em Santa Josefina Bakita. As nossas feridas começam a ser potencialidades, quando, pela graça, descobrimos que o verdadeiro enigma já não é «por quê?» me sucedeu isto, mas «para quê?», para que finalidade me forjou o Senhor com esta minha história? E aqui tudo se inverte, tudo se torna precioso e construtivo. Então podemos começar a amar os nossos pais com liberdade de filhos adultos, aceitando misericordiosamente os seus limites.

Os enigmas da nossa vida esclarecem-se quando se descobre que, desde sempre, Deus nos prepara para uma vida de filhos seus, onde cada ato é uma missão recebida d’Ele. Independentemente da história donde provém, a pessoa recebe do quarto mandamento a orientação que conduz a Cristo. N’Ele se manifesta o Pai verdadeiro que, pelo Batismo, nos faz renascer do Alto.

Bom dia. Abraço.