Em cada Eucaristia, rezamos por aqueles que morreram com o sinal da Fé. Porém, uma data especial é dedicada no calendário para a lembrança de todos os irmãos que já partiram: é o dia de finados, o dia 2 de novembro.
Uma vez perguntaram: “Padre Sandro, qual é o sentido de se rezar pelos mortos?” Eu pensei um pouco e respondi com toda certeza: “a amizade e o carinho que temos pelas pessoas que amamos não se encerram com a morte. Alias, para nós, cristãos, a morte não existe! Daí o porquê que finados (os que chegaram ao fim) não corresponde à realidade. Para nós. Quem ‘morre’ continua existindo, porém, agora, junto de Deus”.
Certa vez li que o filósofo Sócrates, que viveu há mais de 2400 anos, foi condenado à morte. Seus amigos choraram à sua volta e então ele disse: “Por que vocês estão chorando? Vocês pensam que vou morrer? Nada disso. Vou começar minha verdadeira vida. Quem é que disse que isso aqui em baixo é vida? Minha vida começa agora”.
E não é verdade? E olha que ele nem era cristão!
Uma vez alguém me disse que, quando Santa Terezinha foi avisada que sua doença era muito grave, e, de que só tinha alguns dias de vida, ela respondeu ao médico: “esta foi a melhor notícia que recebi em toda a minha vida, em breve estarei nos ombros do Bom Pastor!”
Dizem que São Francisco pediu, momentos antes de sua morte, dois cabos de vassoura e começou a cantar e tocar violino utilizando os pedaços de madeira. E eis que ele disse: “Estou entrando no paraíso. Querem que eu vá chorando? Não, vou alegre e cantando!”
Uma coisa é certa: não é possível fugir da morte neste mundo. A vida, na visão do salmista, é como a flor viçosa na madrugada que reabre em sorriso para a aurora, mas que à tarde perece e fica seca (Salmo 89). Mas esta vida, para nós, não acaba!
Lembre-se sempre: Você tem um lugar no céu, basta querer!
Jesus provou essa verdade!