Paz e bênção. Fé é aceitar que Deus é este homem Jesus.
Jesus vai a Nazaré: Mc 6, 1-6. Não creem nele. Jesus respeita… e pouco faz. Continua seu caminho. Contudo, mesmo rejeitado, olha e vê doentes e necessitados. Estende a mão e faz o milagre da cura. O amante rejeitado não se rende, nunca se rende e nem se deprime. Ama. O amor não é cansado: age, faz. Assim é nosso Deus. Nunca nutre rancor. Ele perfuma a vida e a vida das pessoas. Jesus é o inédito de Deus e o inédito da pessoa. Às vezes as pessoas não conseguem entendê-Lo. Mesmo então é Deus, e ama no modo Deus: incondicionalmente. Sempre coloca a pessoa antes da lei e o outro antes de si, sacrificando-se pelo outro. É Deus Mãe-Pai. Faz graça a cada filho/a. Assim, semeia misericórdia, sem condições.
Jesus não fala como os mestres de Israel, com sua linguagem religiosa, mas seu vocabulário é feito das palavras da vida das pessoas. Cria parábolas que falam da vida do dia-a-dia. Desta maneira escandaliza muitos, em particular os que esperam o ilustre e majestoso e principesco. Deus escandaliza pela sua proximidade. Encarnou-se. Entrou no ordinário de cada vida, abraça a imperfeição do mundo, sempre abraçável para Deus. Encanta-me nosso Deus. E porque Deus é Deus, mas não uma imagem e extensão nossa, temos dificuldade em aceita-lo. Ele foi carpinteiro, um operário, sem estudos e cultura de centros acadêmicos. Foi um leigo. Movia-se pelas ruas de Nazaré. Caminhava pelas vilas e casas dos amigos e das pessoas onde prestava seu serviço de carpinteiro. Jesus de Nazaré é Deus, Deus encarnado. Deixemo-nos abraçar por Ele e abracemo-Lo, seguindo suas orientações e seus passos e opções.
‘A fé não é aceitar que Jesus seja Deus – o Deus que nós pensamos! –, mas aceitar que Deus, o Deus que nós não pensávamos, é esse homem Jesus’ (Fausti)
Abençoado Domingo. Abraço.