Eu, eu, eu!, ou Jesus, Jesus, Jesus!? Ou ±?

Paz e bênção!

Enquanto Jesus se imerge (mergulha) na pobreza, na humilhação e na humildade, nós fazemos de tudo para emergir (vir à tona) por meio do ter, do poder e do aparecer.

Nós, que nos alistamos ao seguimento, será que escutamos o Senhor, obedecemos a Ele, fazendo o que Ele diz? Será que enxergamos a Ele, a Sua vida e por onde passa e anda? Será que O seguimos? Lc 9,57-62.

Pergunto-me: por que a nossa inteligência é cega? Por que se apagaram as lamparinas do nosso juízo? Simplesmente porque a nossa vontade tem os seus desejos e as suas prioridades, que se opõem ao seguimento de Jesus. Nossa vontade está dividida entre o desejo de segui-Lo e o desejo de manter nossas próprias seguranças materiais, afetivas e pessoais.

No batismo, assumindo a escolha fundamental de sua vida (o serviço ao Pai e aos irmãos até às últimas consequências), Jesus enfrentou e venceu as tentações. Da mesma forma, o discípulo – aquele que se decidiu a caminhar atrás dele – depois do batismo no Espírito, deve decidir-se e superar as ambiguidades da sua vontade.

O discípulo, de fato, não só não conhece, quanto não quer o caminho do Filho do homem. Por isso, precisa ser curado tanto na sua inteligência quanto na sua vontade. Inteligência e vontade resistem: a primeira a escutar; a segunda, a seguir. Querem o fim, mas não aderem aos meios.

Abraço