Paz e bênção. Em Jesus a morte perde seu poder.
Perder pai e mãe é doído, mas natural; está na lógica das gerações que se sucedem. Perder, porém, um filho ou uma filha, é dor grande demais – Lc 7, 11-17. A cidade de Naim mostrou-se solidária com a mulher que já perdera o marido e, agora, o filho. Jesus junta-se àquela imensa dor e devolve o filho à mãe. Quantas mães não gostariam de ter seus filhos devolvidos à família, aos pais, à vida!
Jesus é o nosso Senhor, e, porque rico em misericórdia, pode conservar ou restituir a nós o sumo bem, que é a vida.
A atitude, o comportamento de Jesus é rico ensinamento pra nós: viu, compadeceu-se, disse (à viúva), aproxima-se, tocou no caixão, disse (ao jovem), entregou-o à mãe. Assim, percebemos que a ternura de Jesus é grande, e que Seu amor é mais forte que o poder da morte.
O filho único e sua mãe viúva são uma antecipação do que Jesus e Maria irão sentir: também Ele é o filho único, também sua Mãe vê-l’O-à morrer e O acompanhará à sepultura. O Pai, porém, não O deixará prisioneiro da morte, mas restituí-l’O-à em plenitude de vida à Mãe, e Ela, no dia da ressurreição, recebê-l’O-à como num segundo nascimento.
Unidos à Jesus podemos viver e morrer oferecendo-nos ao Pai. Esta união começa no Batismo e é reforçada nos sacramentos, especialmente na Eucaristia.
Bom dia. Abraço.
Dom João Inácio Müller, ofm
Bispo diocesano de Lorena SP