“Antigamente ‘tecnologia’ era somente sinônimo de progresso, automação, desenvolvimento industrial, e não tinha nada a ver com conceitos e experiências de amizade e relações”[1].
Quando nos adentramos neste novo continente digital nos deparamos com pessoas. Pois as redes sociais são formadas por grupos de pessoas abertas a partilha de pensamentos, conhecimentos, mas sobretudo de suas vidas.
“O mundo da comunicação está unificando a humanidade, tornando-a, com efeito, uma ‘aldeia global’. A web 2.0 não passa disso: a Rede transforma numa rede de contatos sociais, local de participação e compartilhamento. Uma rede social liga pessoas comuns (e, portanto, nem técnicos, nem especialistas) dispostas a compartilhar pensamentos, conhecimentos e, também, parcelas de suas vidas. Sua característica é estar aberta a todos tanto no uso quanto na construção”[2].
Facebook, blog, youtube, Google plus, LinkedIn e outros… são estas plataformas de redes sociais que interligam as pessoas de qualquer parte do planeta. Com isto podemos afirmar que as novas tecnologias e as redes sociais estão causando mudanças fundamentais na vida das pessoas. Bento XVI na mensagem para a 43° Jornada Mundial das comunicações afirma que: “as novas tecnologias digitais estão determinando mudanças fundamentais nos modelos de comunicação e nas relações humanas. Essas mudanças são particularmente evidentes entre os jovens que cresceram em íntimo contato com essas novas técnicas de comunicação…”.
“O homem de hoje pensa, vive e sente com a internet. O digital não é uma simples extensão da própria existência, mas uma parte integrante da vida, o que se reflete na “hiperconexão” de milhões de pessoas em todo lugar e a qualquer momento”.[3]
Portanto nós católicos não podemos deixar esta realidade passar despercebida. Pois, se as redes sociais (o Continente Digital) é a partilha de pensamentos, conhecimentos, mas sobretudo de vida, então, o continente digital também precisa de missionários que possam anunciar a palavra de Deus, assim como na história muitos missionários foram enviados para os novos continentes, assim também devemos sem medo nos aventurar no continente digital.
Quando os primeiros missionários chegaram ao Brasil (Terra de Santa Cruz) em 1500 tiveram de aprender a língua indígena, aqui quero citar S. José de Anchieta. Nos dias atuais, devemos apreender a usar as redes sociais para evangelizarmos o continente digital. Pois como citei acima a característica das redes sociais “é estar aberta a todos tanto no uso quanto na construção”.
Diác. Leandro Couto
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[1] SPADARO, Antonio. Web 2.0 Redes Sociais. Paulinas. São Paulo-2013 p. 5
[2] Ibid.
[3] http://www.zenit.org/pt/articles/evangelizacao-online-o-uso-das-redes-sociais-como-ponto-de-encontro
