O tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 21, foram os santos, testemunhas e companheiros de esperança. A penúltima catequese antes da pausa de verão reunião cerca de 15 mil fiéis, entre os quais brasileiros de Bom Jesus do Gurgueia (PI), Jundiaí (SP), São Carlos (SP) e Santo André (SP).
O Pontífice recordou os momentos na vida cristã em que se invoca a intercessão dos santos: durante o Batismo, o Matrimônio e a ordenação sacerdotal. O cristianismo, explicou, cultiva uma incurável confiança: não acredita que as forças negativas e desagregadoras possam prevalecer. “A última palavra na história do homem não é o ódio, não é a morte, não é a guerra”, disse o Papa.
Em cada momento da vida cristã, o homem é assistido pela mão de Deus e pela discreta presença de todos os fiéis que o precederam. Francisco frisou que a existência dos santos diz que a vida cristã não é um ideal inalcançável e traz o conforto de que o homem não está só, que a Igreja é feita de inúmeros irmãos, com frequência anônimos, que o precederam e que, por ação do Espírito Santo, estão envolvidos nos acontecimentos de quem ainda vive aqui. Os esposos sabem que precisam da graça de Deus e da ajuda dos santos para dizer “para sempre”. “Não é como alguns dizem, ‘até que o amor dure’. Para sempre ou nada. Do contrário, é melhor não se casar”, disse o Papa.
Nos momentos difíceis, acrescentou o Santo Padre, é preciso ter a coragem de elevar os olhos ao céu, pensando nos muitos cristãos que passaram por atribulações. “Deus não nos abandona nunca: toda vez que precisarmos, virá um anjo para nos consolar. ‘Anjos’ algumas vezes com um rosto e um coração humanos, porque os santos de Deus estão sempre aqui, escondidos no meio de nós”
“Que o Senhor nos doe a esperança de sermos santos. É o grande presente que cada um de nós pode dar ao mundo. Alguém poderá me perguntar: mas é possível ser santo na vida de todos os dias? Ser santo não significa rezar o tempo todo, mas fazer o seu dever. Rezar, trabalhar, cuidar dos filhos, mas fazer tudo com o coração aberto a Deus. Assim nos tornaremos santos. É possível. Não é difícil. É mais fácil ser santo do que delinquente. É possível porque o Senhor nos ajuda”.
Ao final da catequese, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.