Quinta-feira, 22 de setembro, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que a vaidade é a osteoporose da alma. O Evangelho do dia apresenta-nos o rei Herodes inquieto porque, depois de ter morto João o Batista, agora sente-se ameaçado por Jesus. Estava preocupado como o pai, Herodes o Grande, depois da visita dos reis magos – afirmou o Papa.
Segundo o Santo Padre, Herodes tem na alma duas inquietações: aquela boa “que nos dá o Espírito Santo e faz com que alma esteja inquieta para fazer coisas boas” e a “inquietação má, aquela que nasce de uma consciência suja”. E os dois Herodes resolviam as suas inquietações “matando” e passando “por cima dos cadáveres” – disse Francisco:
“Esta gente que fez tanto mal, que faz mal, tem a consciência suja e não pode viver em paz, porque vive numa comichão constante, numa urticária que não os deixa em paz… Esta gente praticou o mal, mas o mal tem sempre a mesma raiz, todo o mal: a avidez, a vaidade e o orgulho. E os três não deixam a consciência em paz; os três não deixam que a inquietação saudável do Espírito Santo entre, mas levam a viver assim: inquietos, com medo. Avidez, vaidade e orgulho são a raiz de todos os males”.
O Papa Francisco na sua homilia focou a sua atenção na vaidade e citou a leitura do Eclesiastes proposta pela liturgia do dia tendo sublinhado que a vaidade é como a osteoporose da alma: os ossos parecem bons mas dentro estão estragados – afirmou o Papa:
“A vaidade que nos enche. A vaidade que não tem vida longa, porque é como uma bola de sabão. A vaidade que não nos dá um ganho real. Qual o ganho que tem o homem com toda a trabalheira com a qual se ocupa? Ele está ansioso para aparecer, para fingir, pela aparência. Esta é a vaidade. Se queremos dizer simplesmente: “A vaidade é maquilhar a própria vida. E isso deixa a alma doente, porque se alguém falsifica a própria vida para aparecer, para fazer de conta, e todas as coisas que faz são para fingir, por vaidade, no final o que é que ganha? A vaidade é como uma osteoporose da alma: os ossos do lado de fora parece bons, mas por dentro estão todos estragados. A vaidade leva-nos à fraude”.
O Papa Francisco recordou que existem muitas pessoas que parecem boas, que vão à missa aos domingos e até fazem ofertas para a Igreja, mas isso é o que se vê – comentou – mas “a osteoporose é a corrupção que têm dentro”. “Que o Senhor nos livre destas três raízes de todo os males: a avidez, a vaidade e o orgulho. Mas sobretudo da vaidade, que nos faz tanto mal” – disse o Papa na conclusão da sua homilia.
(RS)