Com o Domingo de Ramos iniciou-se a Semana Maior para o cristão Católico, a Semana Santa.
Com o grito de “Hosana!” saudamos Aquele que em carne e sangue trouxe a glória de Deus à terra. Saudamos Aquele que veio e, todavia, permanece sempre Aquele que há de vir. Saudamos Aquele que, na Eucaristia, vem sempre de novo a nós em nome do Senhor, unindo deste modo na paz as extremidades da terra. Esta experiência da universalidade constitui uma parte essencial da Eucaristia.[1] |
A liturgia do Domingo de Ramos celebrou a subida de Jesus à Jerusalém, subida que pode ser entendida como a subida interior que se desenrola também no nosso caminho exterior. A subida de Jesus para Jerusalém tem como meta a oferta de Si mesmo na cruz. É a subida para o “amor até o fim (Jo 13, 1)”. A finalidade de sua subida é o amor pelos seus, amor que tem como base a Palavra de Deus e a obediência à vontade do Pai.
De maneira geral consideremos o Tríduo Pascal que se inicia com a Quinta Feira Santa. Recordemos que na Quinta Feira Santa pela manhã a Igreja celebra a Missa crismal, durante a qual o Bispo se reúne com os Padres de sua Diocese para a renovação das promessas sacerdotais e da bênção do óleo dos catecúmenos, dos enfermos e do Crisma. A partir da tarde celebra-se a Santa Missa In Coena Domine, na Ceia do Senhor. Na celebração da liturgia desta Santa Missa revivemos a Instituição da Eucaristia e a Instituição do Sacerdócio ministerial, nesta celebração relembramos também a atitude do Senhor que lavou os pés de seus discípulos, por este motivo acontece também nesta celebração o rito do lava-pés. Ao final desta celebração acontece o translado do Santíssimo Sacramento e o desnudamento do Altar, seguindo assim uma vigília de companhia com o Cristo preso culminando com a Celebração da Paixão do Senhor às 15h na Senta Feira Santa na qual celebramos sua Paixão e morte.
O mencionado Tríduo, iniciado na Quinta Feira com a celebração da Ceia do Senhor, pode ser entendido[2] na Sexta Feira como “caminho para a cruz”, no Sábado Santo como “caminho para os mortos” e na Páscoa como “caminho para o Pai”.
O que a Igreja espera de cada um de nós neste tempo propício de conversão é que vivamos com o Cristo todos os mistérios de sua vida, uma vez que – como batizados – estamos inteiramente inseridos em sua vida, de maneira a termos a vida dele em nós e a nossa totalmente inserida nele.