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“Nesta Missa, que o Bispo concelebra com o seu presbitério e dentro da qual consagra o santo crisma e benze os outros óleos, é como que a manifestação da comunhão dos presbíteros com o seu Bispo”1. O Bispo e os presbíteros concelebram na catedral, pois, constituídos, na Última Ceia, “Servos do Mistério”, realizam eles a unidade do seu sacerdócio no Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo. Eis a beleza dessa solene celebração onde a Igreja reunida em comunhão no Cristo, com seus ministros ordenados, contempla esses que renovam seu compromisso de serviço ao povo de Deus. “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e mundo creia que tu me enviaste” (Jo. 17,21). Devemos nessa celebração renovar a convicção de que a comunhão é evangelizadora e santificadora, e portanto, compromisso de todos.
“Com o Santo Crisma consagrado pelo Bispo, são ungidos os recém-batizados e são marcados com o sinal da cruz os que vão ser confirmados, são ungidas as mãos dos presbíteros e a cabeça dos Bispos, bem como a igreja e os altares na sua dedicação. Com o óleo dos catecúmenos, estes preparam-se e dispõe-se para o Batismo. Por fim, com o óleo dos enfermos, estes recebem alívio e fortalecimento na doença”2. “Para esta missa se congregam e nela concelebram os presbíteros, uma vez que, na confecção do crisma, são testemunhas e cooperadores do seu Bispo, de cujo múnus sagrado participam, na edificação, santificação e condução do povo de Deus”3. Deste modo manifesta-se claramente a unidade do sacerdócio e do sacrifício de Cristo, continuado na Igreja. Como também, expressa-se o sentido do serviço humilde, edificante e santificante, a exemplo de Cristo, dos cooperadores do Bispo Diocesano, na condução do rebanho de nosso Senhor.
Vemos que através de uma realidade terrena já transformada pelo trabalho humano (o óleo) e de um gesto simples e familiar (a unção), exprime-se a riqueza da nova existência em Cristo, que o Espírito Santo continua a transmitir à Igreja até o fim dos tempos. Por isso, precisamos nessa peregrinação terrestre ser esse novo povo de Deus, que vive a dinâmica da unção e da vida na graça, como membros ativos do corpo místico de Cristo. “Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai celeste que está nos céus” (Mt. 5,16). Que a celebração da missa crismal expresse o anseio dos corações de viver essa unidade em Jesus Cristo, ou seja, uma comunhão evangelizadora, onde o servir seja um compromisso concreto e vivificante. “… Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra” (Jo. 4,34). Eis a vontade do Pai que nos fortalece e impulsiona na vivência da unidade, da comunhão e do serviço humilde, deixemo-nos conduzir por essa tríplice dinâmica eclesial.
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1- Cf. Missal Romano, Instrução Geral, n. 157; Ibidem, Instrução à Missa Crismal.
2- Cf. Cerimonial dos Bispos, pag. 93.
3- Cf. Conc. Vaticano II, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum Ordinis, n. 2.
– Missal Dominical, Paulus, 4 ed. 1995.
– Bíblia Ave Maria, 167 ed. 2006.