Na manhã de quarta-feira (15/02), antes da audiência geral com os peregrinos, o Papa recebeu na antessala Paulo VI um grupo de 40 representantes de povos indígenas. Membros Conselho dos Governadores do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), estão reunidos para tentar identificar maneiras de responsabilizar economicamente os povos autóctones.
Nessa passagem da Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo nos surpreende, pois por duas vezes nos exorta a vangloriar-nos. Mas, do que é justo nos vangloriar? Como é possível fazer isso sem ofender, sem excluir ninguém?, perguntou o Papa.
Segundo Francisco, no primeiro caso, somos convidados a nos vangloriar da abundância da graça de Deus que recebemos de Jesus Cristo.
“Paulo quer nos fazer entender que, se aprendemos a ver os acontecimentos à luz do Espírito Santo, percebemos que tudo é graça! Se prestarmos atenção, quem age na história assim como em nossa vida, não somos nós sozinhos mas é sobretudo Deus. Ele é o protagonista absoluto que cria todas as coisas como um dom de amor, que tece a trama de seu desígnio de salvação, levado à plenitude em Jesus. Quando acolhemos com gratidão essa manifestação do amor de Deus, experimentamos uma paz que se estende a todas as dimensões de nossa vida: Estamos em paz com nós mesmos, estamos em paz na família, em nossa comunidade, no trabalho e com as pessoas que encontramos a cada dia em nosso caminho”, disse ainda o Papa.
Misericórdia de Deus
“O Apóstolo nos convida também a nos ufanar de nossas tribulações. Isso não é fácil de entender. Trata-se de algo mais difícil e pode parecer que não tenha nada a ver com a condição de paz que acabamos de descrever. Contudo, devemos pensar que a paz que Deus nos oferece não significa ausência de dificuldades, preocupações, desilusões e sofrimentos, mas é um dom que nasce da experiência de sabermos que somos amados por Ele, que sempre nos acompanha e nunca nos abandona. Isso faz com que sejamos pacientes nas tribulações, pois a misericórdia de Deus é maior do que tudo”.
“Por isso, a esperança cristã é sólida, não decepciona. O seu fundamento não está no que nós podemos ou não fazer, e nem no que podemos crer. O seu fundamento é o que de mais fiel e seguro possa existir, ou seja, o amor de Deus por nós. É fácil dizer: Deus nos ama. Todos dizemos isso. Mas pensem um pouco: cada um de nós é capaz de dizer: Estou certo de que Deus me ama? Não é muito fácil dizer isso. É um bom exercício dizer a si mesmo: Deus me ama. Esta é a raiz de nossa segurança, a raiz da esperança”, sublinhou Francisco. ( Fonte: Rádio Vaticano)