“A unidade se faz caminhando”, comentou dessa forma o Papa Francisco depois de ter abraçado o amigo Giovanni Traettino, pastor da Igreja Evangélica da Reconciliação.
Na tarde desta quinta-feira (8), o Santo Padre recebeu na Casa Santa Marta a visita de Traettino que estava acompanhado de outros seis pastores das cidades italianas de Turim, Brescia, Palermo, Caserta, Marcianise e Salerno. Ele disse que “para devolver a visita que o Pontífice fez dois anos atrás a Caserta, pensamos em valorizar ainda mais o diálogo dando um horizonte comunitário aos nossos encontros, aumentando, então, o perfil da nossa resposta e vindo encontrar o Papa como família espiritual”.
À espera do Papa com o Pai Nosso
O encontro foi envolvido de um clima de grande simplicidade e fraternidade. Já na chegada da Casa Santa Marta e à espera do Papa, os sete hóspedes rezaram de mãos dadas o Pai Nosso. Então, o pastor Traettino agradeceu o Papa pela ocasião e por encontros como esse em que o diálogo entre as igrejas tenha tido “uma aceleração inesperada nos últimos anos”.
Sublinhou ainda a intenção da Igreja Evangélica da Reconciliação que é próprio “reconciliar os perdidos, reconciliar os cristãos e reconciliar o mundo”. E nesse diálogo sempre mais amigável, acrescentou, “reconhecemos a mão soberana do Senhor”.
Nesse caminho, disse então o pastor, fundamental será “nos reconciliarmos graças às nossas raízes comuns, certos e agradecidos de ter no Pontífice um irmão e um aliado”.
Os passos e o caminho para a unidade
Da sua parte, Francisco enalteceu como certos passos são coisas que “o coração sentiu” e são realizados com espontaneidade. São “passos”. E salientou de novo: “a unidade é feita com os passos. Em caminho”. Um caminho paciente e contínuo.
O Papa, então, acrescentou que se se questiona qual será o dia preciso em que a unidade será plena, a resposta prevê um dia exato: “o dia depois daquele da vinda do Filho do homem”. Aos cristãos, entretanto, depois de tantas coisas que aconteceram na história e os distanciaram entre eles se espera de “rezar, arrepender-se das coisas que não estão fazendo bem e caminhar juntos”.
Fundamentalmente, explicou Francisco, é a disponibilidade ao perdão: “Quando há coisas ruins no passado se deve pedir perdão”. E o perdão deve ter “o estilo de Deus”, que “esquece tudo”.
Papa faz crescer diálogo na Igreja Evangélica
O pastor Traettino disse ao jornal L’Osservatore Romano que “para nós tudo isso é uma graça. Tenho certeza que o Papa Francisco fez na Igreja um pulo para frente de alguns séculos. Essa relação privilegiada, e diria providencial com ele, fez crescer muitíssimo a sensibilidade ao diálogo na Igreja Evangélica. Uma sensibilidade que crescia na escola do Espírito, mas que o Papa Francisco conseguiu incorporá-la na realidade de hoje”.
Fonte : Rádio Vaticano ( www.vatican.va)