Neste final de semana em que celebramos os festejos da Padroeira do Brasil, estiveram participando do II ENCONTRO VOCACIONAL os candidatos ao propedêutico do próximo ano. Para este segundo momento foram refletidas as realidades próprias do “ser padre”. Focamos a perspectiva do sacerdócio como missão para servir ao Povo de Deus, como homens dispostos em ir ao encontro das pessoas, sempre atentos às necessidades do rebanho.
Por estes dias, nortearam-nos as palavras do Papa Francisco dirigidas aos seminaristas e noviços (as) que estiveram reunidos em Roma no ano passado. Disto, três palavras-chaves ficaram como síntese da vida de um vocacionado: ALEGRIA, ORAÇÃO e CRUZ. Estas palavras expressam realidades de tal modo unidas que não se pode querer apenas uma delas. Nossa vida exige que tenhamos alegria, oração e cruz, caso contrário, seremos frustrados no serviço.
Além disso, para bem compreender a dimensão do serviço tomamos como referência os escritos de Anselm Grün sobre a “Ordem”. Ele afirma: “ser sacerdote, para mim, quer dizer também doar. Doar-me às pessoas que acompanho, para as quais dedico meu tempo, doar-me ao serviço da reconciliação, doar-me na liturgia, estar inteiro no que estou celebrando”. Isso fez-nos pensar sobre a necessidade da inteireza naquilo que se faz, isto é, não se trata de apenas fazer, mas fazer bem, em comunhão com Deus.
Quando olhamos para Jesus entendemos como deve ser nossa vocação! Sabemos que não teremos apenas alegrias, sabemos que enfrentaremos cruzes, contudo, assim como Jesus recebia o consolo amoroso do Pai que confirmava seu ministério, também nós poderemos bem vivenciar nosso chamado se formos orantes. A dimensão do serviço está ligada à vida de oração, quando entendemos aquilo que Deus quer agimos de maneira adequada com nossos irmãos e irmãs que contam conosco.
Não podemos confiar apenas em nossas forças, nas estruturas que já estão pré-estabelecidas, na execução eficaz do próprio serviço. Devemos nos abrir ao agir de Deus em nós, somente desta forma seremos bem-aventurados, e assim faremos com que nosso que serviço seja fruto agradável a Deus. Que o Espírito Santo conduza-nos no discernimento vocacional, fazendo com que sejamos atentos aos sinais dos tempos, sempre disposto a ajudar na construção do Reino de Deus!