Paz e bênção. O mal divide e mata. O amor une e faz viver.
Jesus vai fazendo a sua passagem deste mundo ao Pai, é a sua Páscoa. Para nós, é bom que ele vá, pois nos mandará um Outro, o Advogado, o Consolador. Vai preparar-nos um lugar, para que, para onde ele foi, nós possamos ir também. Continuaremos sua missão, estando no mundo, mas sem ser do mundo. O seguimento de Jesus é que faz a diferença – Jo 17, 11b-19.
Jesus reza conversando com o Pai. Chama-O santo. Todos somos chamados à santidade: quer que todos sejamos como ele: “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 11,44). Paradoxalmente Deus, sendo amor, é totalmente outro a ponto de se tornar como nós para que nós nos tornemos como ele. A propriedade de Deus, Pai santo, é aquela de nos santificar: torna-nos semelhantes a ele, diferentes do ‘mundo’, para que, sendo Pai, nos faz seus filhos e irmãos entre nós.
Que sejam um: Se o mal divide e mata, o amor une e faz viver. É uma unidade na distinção, que não suprime, mas supõe a existência do outro. A verdadeira santidade que o Pai quer dos seus filhos é a unidade no amor: uma fraternidade onde toda diversidade é acolhida e toda miséria, objeto de misericórdia. De fato, reformulando o mandamento: “Sede santos, porque eu sou santo”! (Lv 11,44), Lucas diz: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Este atributo revela a sua essência como onipotência de um amor absoluto que cria e recria toda criatura a sua imagem e semelhança.
Uma santidade ou perfeição sem misericórdia é satânica. A misericórdia é a santidade e perfeição próprias de Deus, comunicadas para nós no Filho. Tornam-nos um com ele e como ele, filhos do Pai e irmãos entre nós (cf. Mt.6 5,43-48; Lc 6,35), capazes de vencer o mal com o bem (Rm 12,21) e de recompor em unidade toda fratura e divisão.
Bom dia. Abraço.