Paz e bênção. Jesus será morto por dizer ser Filho de Deus.
Na nossa cabeça – como na cabeça dos judeus -, Deus e o Messias deveriam se impor a todos, com uma força capaz de vencer todo poder que se lhes oponha, desde a incredulidade, passando pela condenação e desembocando na morte. Jesus, porém, apresenta um Deus e um Messias que não correspondem às nossas expectativas e aos nossos medos. Ele é Senhor enquanto se faz nosso servo; é pastor enquanto é manso cordeiro; é salvador, não enquanto se safa da morte, mas enquanto dá a vida por amor e segundo o amor – Jo 10, 31-42. É diferente demais para a nossa cabeça, e a dos judeus. Não se enquadra nos nossos conceitos. Desborda a nossa pobre imaginação.
Salva-nos enquanto nos mostra quem é Deus para nós (Pai) e quem somos nós para Deus (filhos e filhas). Deus é Pai que nos ama até à loucura e nós somos seus filhos amados no Filho, que se faz nosso irmão, apesar de nossa resistência, incredulidade e recusa. Isso é pouco demais para nossas fantasias de onipotência, mas é demais para nossas necessidades mais comezinhas e quotidianas.
Bom dia. Abraço.