Paz e bênção. Quem não serve está doente.
O Evangelho de hoje começa com a cura da sogra de Pedro. É um milagre tão pequeno que corre o risco de passar despercebido. A pequenez do milagre, contudo, nos obriga a refletir sobre o seu significado. Este está na última palavra da breve narração: “e os servia” (Lc 4, 39). Esta mulher estava doente da doença do “não servir”. A doença prostra a pessoa e ela não vive para servir, mas para ser servida e ajudada. Jesus livra a sogra da prisão da doença, de não poder viver ajudando os outros, da doença de não poder se dar aos outros. Servir: é a chave de interpretação de todos os milagres. Somos libertados do mal para servir, fazendo o bem. Esta é, na prática, o programa messiânico de Jesus: tornar-nos como ele, livres para servir, pois ele “está entre nós como aquele que serve” (Lc 22,27).
Jesus tem dias cheios de serviço, de anúncio, de livrar as pessoas do mal de não poderem servir. O que Jesus faz? Sua ação (anunciar o reino), a sua realização (curar os doentes), a sua fonte (a oração pessoal), o seu extravasamento (em outras cidades e outras sinagogas). O início da sua missão acontece diante do Pai.
Hoje, irei a Nioaque, com o Mons. Ditinho e o Padre Valdecy. Farei visita fraterna aos nossos Padres missionários Daniel de Oliveira e Odair José. Conto com suas preces.
Quem não vive para servir não serve para viver. Está bloqueado e precisa ser curado, precisa ser liberto da sua situação de não servir ou de não poder servir.
Bom dia. Abraço.
Dom João Inácio Müller, ofm
Bispo diocesano de Lorena SP